Não tenho mais paciência pra mim.
Não tenho mais ciência de mim.
Não tenho e não permito meu coração
esboçar sequer saudade de quem me ama
ou de quem me recordo.
Acordo com todas as possibilidades de vida
gritandome ao pé do ouvido
como o apito insano desse maldito trem
que me atravessa.
(e desisto)
Me corta e reparte em mil pixels
de sangue coagulado e negro,
fragmentando meus desejos
e manchando no muro pardo da cidade de cristal
o único nome que nunca assinei,
e pelo qual nunca fui chamado.
Vida.
Fervendo e reverberando, no tempo mudando,
no vento cantando, na vida convalescente.
Vida, verve, verme;
Vermelho e degredo,
Segredo e obscuro.
Linha reta que alumeia e nocauteia.
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