domingo, 11 de setembro de 2011

Bu!

Não tenho mais paciência pra mim.

Não tenho mais ciência de mim.


Não tenho e não permito meu coração

esboçar sequer saudade de quem me ama

ou de quem me recordo.


Acordo com todas as possibilidades de vida

gritandome ao pé do ouvido

como o apito insano desse maldito trem

que me atravessa.


(e desisto)


Me corta e reparte em mil pixels

de sangue coagulado e negro,

fragmentando meus desejos

e manchando no muro pardo da cidade de cristal

o único nome que nunca assinei,

e pelo qual nunca fui chamado.


Vida.

Fervendo e reverberando, no tempo mudando,

no vento cantando, na vida convalescente.

Vida, verve, verme;

Vermelho e degredo,

Segredo e obscuro.


Linha reta que alumeia e nocauteia.

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