terça-feira, 29 de junho de 2010

Poema politicamente incorreto!

SELEÇÃO!

mensalão


PEGOU NA VEIA!

dinheiro na meia


ROBINHO KAKÁ LUIS FABIANO!

as eleição tão chegano

CALA A BOCA GALVÃO!


nação

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sobras de Estúdio II

Dando seqüência à publicação dos abortados, segue esse poeminha "pecador arrependido", crítica mal velada a esse puritanismo brasileiro.

Recusa
(encontrado na contracapa de uma Bíblia)

Lembro-me do seu corpo escultural,
e dos gestos convidativos, fesceninos, que fazia
à porta de um local aonde não me aventuraria.

Eu podia ter ido até você,
podíamos ter trocado beijos cálidos,
podíamos...
Mas não saí de onde estava:
preferi ficar no antegozo, ainda sagrado,
daquilo que poderia ter sido.

terça-feira, 22 de junho de 2010

E o subtítulo é...

Depois de levantada a questão do subtítulo, várias sugestões apareceram. Não vou me lembrar de todas. Pelo menos não agora, escrevendo à pressa.

O caso é que preciso noticiar que o subtítulo que ficou foi "Peripécias literárias entre amigos", que havia sido sugerido pelo Adriano. A decisão, longe de ser democrática, correu por conta deste que aqui escreve num ato de pura imposição.

Assim, amigos e eventuais leitores, o livro que está em avaliação pela Funalfa ostentará na capa esse subtítulo e essa indicação das dificuldades da escrita que se enfrentaram coletivamente.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

ODE QUATERNÁRIA

Edmon Neto, Gabriel Faulhaber, Peterson Basílio e Raul Furiatti

Escreva-me o que eu devo fazer,
pois desconheço meu dever.
Estou rendido em tuas mãos,
preso pela tua palavra,
morto por teus versos sãos.
Perpétuo, espero o abismo
que me esconde e poetiza.
Acho-me na pedra que não medra
Quando medra, atrita o chão.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sobras de estúdio

Passa-se este ponto

pontes podres entre mim e ti
portas pontas do que sai daqui
letras largas assim largadas
à ociosa ordem do teu olhar

onde estou se é que sou
alguém algum nenhum

meus heterônimos já não há
não gostam de literatura
e os papéis à minha frente
não se deixam mais domar

palavras não se revelam
se rebelam não gozam
rosnam para mim e nu
me abandonam

minhas mãos suadas estão sedentas
pois carentes de objetos órfãs
de vertigens tudo agora é provisório

a quem interessar possa
passo este ponto:
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