Passa-se este ponto
pontes podres entre mim e ti
portas pontas do que sai daqui
letras largas assim largadas
à ociosa ordem do teu olhar
onde estou se é que sou
alguém algum nenhum
meus heterônimos já não há
não gostam de literatura
e os papéis à minha frente
não se deixam mais domar
palavras não se revelam
se rebelam não gozam
rosnam para mim e nu
me abandonam
minhas mãos suadas estão sedentas
pois carentes de objetos órfãs
de vertigens tudo agora é provisório
a quem interessar possa
passo este ponto:
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